terça-feira, 11 de agosto de 2009

Antonio Fagundes e a lei...

Antonio Fagundes deu uma entrevista ao UOL dizendo porque rejeita a Lei Rouanet.

Entre as pérolas está:

"Estou um pouco cansado de ser chamado de ladrão, particularmente porque não sou. Tem gente que é chamada [de ladrão] e é. O Senado está cheio. Estou tentando evitar isso e cobro o que eu quero com o ingresso"

De fato, ser chamado de ladrão quando não somos é um pouco chato. Mais chato ainda é cobrar R$80,00 num ingresso quando você teve um incentivo à cultura por uma lei que - teoricamente - obriga você a dar uma resposta social. Por social entenda-se inclusão e não coquetel de abertura para a imprensa.

De fato Fagundes não era ladrão, nunca foi (eu acho...). O que não quer dizer que fosse um sujeito moralmente correto. Não, também não sou. Mas pelo menos nunca reclamei quando disseram que era...

"É o preço do ingresso que vai manter essa peça em cartaz. Se não, acontece o que tem acontecido com os espetáculos com mortes anunciadas"

O preço, 100 reais... Você pode chamar também de 1/4 do salário mínimo... mas enfim... quem disse que cultura é pra todo mundo não é mesmo?

Desta vez, Fagundes, não-ladrão, não aderiu a lei. Assim pode cobrar o que quiser pelo produto que oferece. Justo. Só não entendi a reclamação que veio a seguir:

"O Rio de Janeiro tem ondas no teatro. Agora são os musicais, antes era o besteirol. Cada momento do teatro carioca vive uma linha, então o público perde a possibilidade de optar. Em São Paulo, há uma diversificação muito grande de espetáculos, isso faz com que o público se exercite e fique mais sensível a mudanças que o carioca"

Uai, quanto custa fazer um besteirol? E o ingresso do besteirol? Ah, bom, pelo menos agora o público vai poder optar entre os musicais e o Fagundão (Fagundes + não-ladrão), quer dizer, no RJ né?! Porque aqui em São Paulo tem muita diversidade...

É difícil a concorrência quando o ingresso custa 100 reais né não?

Em tempo, direto do blog do Roberto Pinto Parlapatões lança nova peça O PAPA E A BRUXA, os ingressos mais caros estão custando R$20,00. Ah, e sem Rouanet!

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