bom, são eles:
Se assim eu te soubesses te daria.
Se como Eós tu me viesses,
Com novidades e o Sol sempre quente;
Minhas dores, minha Eós, eu lhe daria.
Não para que as guardasse como a outra, numa caixinha,
Mas para que as cuidasse e engolisse, assim como faz com a lua a cada dia
E se muito as julgasse, minha Eós,
Imagine o que eu mesmo julgaria;
Tu sabes que do que morreu teu amado,
Que viveu num mundo já acabado
Como o corpo meu carregando o mesmo fardo.
Mas não a quero, de fato, como Eós,
Talvez o sonhar me realize mais que o cantar,
E ainda que nada se concretize... sonhar...
Com luta, luto e despudor,
Ainda que de real haja somente dor,
...sonhar...
---------------------------------------
...E foi assim que me disseram Dionísio,
que são lícitos aqueles tais poderes,
que é justo a eles os dizeres:
“ser sério é não sorrir”
E não amar...
Pior proibiu-se o gozar.
Ainda que me cause risos,
Não é justo Dionísio.
Ainda que me leves Dionísio,
Como levar consigo tuas bacantes?
Roubadas de um deus que não existe, e que de fato é tu Dionísio.
Por tais dizeres me injuro, perante sua igreja e a do padre eu assumo.
“Casado”
cansado Dionísio, de um mundo que diz:
“O pesar é viver e não existe o sofrer”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário